Como Elaborar Contratos Sólidos: Guia Completo para Evitar Riscos Jurídicos

Aprenda como elaborar contratos sólidos para evitar riscos jurídicos e proteger seus direitos. Confira!

Indice Geral

Garantir que um contrato seja elaborado de forma clara e bem estruturada é essencial para evitar problemas jurídicos e proteger os interesses das partes envolvidas. Contratos sólidos não são apenas para empresas ou advogados; qualquer pessoa que precise formalizar acordos pode se beneficiar de um bom planejamento contratual.

Se já passou pela sua cabeça dúvidas como “Será que esse contrato é válido?”, “Quais cláusulas preciso incluir para me proteger?” ou “Posso fazer um contrato sem advogado?”, este artigo foi pensado para você. Aqui, abordaremos de forma prática e didática o que um contrato bem elaborado deve ter, sua base legal, os riscos de não o fazer corretamente e como se proteger.

Vamos explorar em detalhes os aspectos de um contrato sólido, mostrar exemplos práticos, oferecer dicas preventivas e ajudar você a tomar decisões informadas e seguras.

O que é um contrato? Uma explicação prática e legal

Um contrato é um acordo de vontade entre duas ou mais partes que visa estabelecer regras sobre algo que ambas têm interesse — pode ser a compra de algo, a prestação de um serviço, a locação de um imóvel, entre outros. Ele pode ser formalizado por escrito ou, em alguns casos, até verbalmente, dependendo da situação.

No Brasil, a elaboração e a validade dos contratos são regidas pelo Código Civil de 2002, em especial entre os artigos 421 e 456. Vamos explorar dois fundamentos básicos:

  • Liberdade Contratual (Art. 421 do Código Civil): As partes têm autonomia para definir o conteúdo de seus contratos, desde que sigam limites estabelecidos pela lei, como boa-fé e função social do contrato.
  • Obrigatoriedade do Contrato (Art. 422): Uma vez firmado, o contrato deve ser cumprido pelas partes, com boa-fé, ou seja, transparência e lealdade.

Elementos essenciais de um contrato

Para que um contrato seja válido e dificilmente contestado, ele precisa cumprir alguns requisitos essenciais:

  1. Capacidade das partes: Todos os envolvidos devem ter capacidade legal para contratar. Exemplo: um menor de 18 anos só pode assinar contratos com a assistência de seus pais ou responsáveis.
  2. Objeto lícito: O que está sendo contratado deve ser permitido por lei. Acordos relacionados a atividades ilegais não têm validade.
  3. Forma prescrita ou não proibida em lei: Alguns contratos precisam seguir uma forma específica para serem válidos. Um contrato de compra e venda de imóveis, por exemplo, exige escritura pública se o valor do imóvel for superior a 30 salários mínimos (Art. 108 do Código Civil).

Termos jurídicos explicados

  • Cláusula: São as disposições ou regras criadas dentro do contrato para organizar as relações das partes. Exemplo: cláusula de multa rescisória, estabelecendo valores em caso de rompimento antecipado.
  • Boas práticas: A lei exige das partes boa-fé objetiva (agir com honestidade e lealdade) durante toda a relação contratual.

Exemplos práticos: como funciona

Exemplo 1: Contrato de prestação de serviços

João é marceneiro e firmou um contrato com Ana para fazer móveis sob medida. No contrato, ficou especificado:

  • Prazo de entrega: 45 dias.
  • Valores e parcelas: 30% no início e o restante na entrega.
  • Multa por atraso: R$ 50 por dia de atraso.

Por escrito e com essas cláusulas bem definidas, se João atrasar a entrega, Ana pode exigir os valores de multa de forma simples e direta. Agora, imagine se esse acordo fosse feito só verbalmente. Provar o que foi combinado seria muito mais difícil, deixando ambas as partes vulneráveis.

Exemplo 2: Compra de um imóvel

Pedro está comprando um apartamento de Maria. Sem nenhum contrato, eles apenas concordam oralmente em que Pedro pagará 50% à vista e o restante em 90 dias. Mais tarde, Maria decide vender o imóvel para outra pessoa, alegando que não teve garantia do pagamento de Pedro.

Se houvesse a elaboração de um Contrato de Compra e Venda, devidamente assinado e registrado, ambos estariam juridicamente protegidos. Pedro poderia provar que o negócio já havia sido combinado, e Maria estaria obrigada a cumprir o acordo.

Como evitar riscos jurídicos: dicas práticas para elaborar contratos sólidos

  1. Defina o objeto do contrato com clareza
    Deixe claro o que está sendo contratado para evitar confusões no futuro. Exemplos: descrição detalhada do produto, do imóvel, ou do tipo de serviço a ser prestado.
  2. Estabeleça prazos e condições
    Inclua prazos para entrega ou cumprimento, deixando explícito o que acontece se uma das partes não cumprir o prazo (multas, rescisão antecipada, etc.).
  3. Preveja cláusulas de rescisão e penalidades
    Esclareça quais situações podem levar à rescisão do contrato e quais penalidades ocorrerão. Por exemplo, “em caso de atraso superior a 30 dias, a parte prejudicada poderá romper o contrato sem ônus”.
  4. Inclua garantias legais
    Seja uma garantia de qualidade no serviço ou um pagamento antecipado, dispor sobre garantias no contrato ajuda a reduzir prejuízos em situações de descumprimento.
  5. Evite ambiguidades
    Escolha linguagem simples e objetiva. Se houver dúvidas sobre algum termo ou cláusula, revise antes de assinar.
  6. Formalize por escrito sempre que possível
    Mesmo quando não exigido por lei, tenha um documento escrito (e de preferência, assinado). Isso garante mais segurança jurídica para ambas as partes.

Quando procurar um advogado na elaboração de contratos?

Embora seja possível elaborar contratos simples por conta própria, muitas situações exigem o auxílio de um advogado especializado. Veja algumas delas:

  • Quando o contrato envolve alto valor financeiro, como compra de bens imóveis;
  • Quando há cláusulas complexas ou dúvidas sobre o que incluir no contrato;
  • Para verificar se as cláusulas estão de acordo com a legislação, protegendo seus interesses;
  • Em qualquer caso onde há risco de litígio (disputas judiciais futuras).

Além disso, a orientação jurídica de um advogado inscrito na OAB garante que o contrato esteja de acordo com a legislação atualizada, seguindo tanto a lei como as necessidades específicas do cliente.

Conclusão

Elaborar um contrato sólido é um investimento em segurança e tranquilidade. Ele é a melhor forma de garantir direitos, prevenir problemas e evitar disputas judiciais desgastantes e custosas.

Neste artigo, abordamos como definir um contrato válido, os elementos obrigatórios, exemplos práticos e dicas para reduzir riscos jurídicos. Lembre-se: um contrato mal elaborado pode trazer prejuízos financeiros e legais, enquanto um bem feito protege as partes e proporciona clareza.

Seja um aluguel, prestação de serviço ou compra de um bem, planeje e formalize sempre — e, quando necessário, procure orientação profissional.

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Douglas Barcala
Assessor Jurídico especializado em Direito Civil, apaixonado por tornar o Direito compreensível e útil no dia a dia, atua oferecendo soluções claras, personalizadas e eficazes.
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